BURNOUT E O SILÊNCIO ORGANIZACIONAL

Authors

  • Harrison Bachion Ceribeli Universidade Federal de Ouro Preto
  • Tamires Fernandes Corrêa Sousa Universidade Federal de Ouro Preto

Keywords:

Exaustão emocional, despersonalização, realização pessoal, Síndrome de Burnout, silêncio do funcionário

Abstract

Idealmente, os funcionários deveriam compartilhar suas ideias, opiniões e informações com a organização. Entretanto, muitos deles tomam a decisão de não o fazer, fenômeno que se convencionou denominar de silêncio organizacional. Com o intuito de investigar essa temática, a presente pesquisa teve como objetivo analisar a influência que cada dimensão da Síndrome de Burnout exerce sobre o silêncio organizacional. Para coleta de dados, empregou-se o método survey. A amostra foi composta por 276 trabalhadores das cidades de Belo Horizonte, Ouro Preto, Mariana e Itabirito, todas localizadas no estado de Minas Gerais. Para análise dos dados, empregou-se a técnica de modelagem de equações estruturais. A partir dos resultados obtidos, não foi possível confirmar a influência que a despersonalização e a baixa realização pessoal exercem sobre o silêncio organizacional, mas, em contrapartida, concluiu-se que a exaustão emocional aumenta a disposição do indivíduo de permanecer em silêncio no ambiente laboral. Confrontando essa constatação com o corpo teórico já existente em torno do construto aqui investigado, descortinou-se um quarto tipo de silêncio organizacional, denominado de silêncio reativo, no presente estudo. Este estudo traz duas contribuições principais: a primeira para a Ciência Administrativa, com a proposição de uma nova dimensão a ser incorporada ao construto silêncio organizacional; já a segunda remete ao âmbito gerencial, à medida que auxilia as organizações apontando um novo caminho para diminuir a propensão dos funcionários a não compartilharem suas ideias, sugestões e informações.

 

BURNOUT AND ORGANIZATIONAL SILENCE

ABSTRACT

Ideally, employees should share their ideas, opinions and information with the organization. However, many of them make the decision not to do this, phenomenon known as organizational silence. In order to investigate this subject, the present study aimed to analyze the influence of each dimension of Burnout Syndrome on organizational silence. For data collection, survey method was used. The sample consisted of 276 workers from the cities of Belo Horizonte, Ouro Preto, Mariana and Itabirito, all located in the State of Minas Gerais. For data analysis, the structural equation modeling technique was used. From the obtained results, it was not possible to confirm that depersonalization and low personal accomplishment influence the organizational silence, but, in contrast, it was concluded that emotional exhaustion increases the individual's willingness to remain silent in the work environment. Confronting this observation with the literature that already exists regarding the construct investigated here, a fourth kind of organizational silence, called reactive silence in the present study, was revealed. This study brings two main contributions: the first one for the Administrative Science, with the proposition of a new dimension to be incorporated into the organizational silence construct, while the second refers to the managerial field, assisting organizations by pointing a new path to reducing employees' propensity not to share their ideas, suggestions, and information.

Author Biographies

Harrison Bachion Ceribeli, Universidade Federal de Ouro Preto

Doutor em Administração pela Universidade de São Paulo (FEARP-USP)

Professor Adjunto da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Vice-diretor do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA-UFOP)

Tamires Fernandes Corrêa Sousa, Universidade Federal de Ouro Preto

Graduanda em Administração pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Bolsista do Programa de Iniciação à Pesquisa (PIP/UFOP)

Published

2020-04-10

How to Cite

Ceribeli, H. B., & Sousa, T. F. C. (2020). BURNOUT E O SILÊNCIO ORGANIZACIONAL. Perspectivas Contemporâneas - Contemporary Perspectives, 15(1), 71–91. Retrieved from https://revista2.grupointegrado.br/revista/index.php/perspectivascontemporaneas/article/view/2982

Issue

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