MORFOANATOMIA DE FOLHAS DE SOL E DE SOMBRA DE Handroanthus chrysotrichus (MART. EX DC.) Mattos (BIGNONIACEAE)

Autores

  • Angélica Guerra Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Louise Garbelotti Gonçalves Universidade Estadual do Norte do Paraná.
  • Luciane da Silva Santos Universidade Estadual de Maringá.
  • Cristiano Medri Universidade Estadual do Norte do Paraná.

Palavras-chave:

esclerofilia, Ipê amarelo, luminosidade, plasticidade morfológica.

Resumo

As folhas podem possuir alta plasticidade morfoanatômica, o que pode proporcionar adaptação e sobrevivência dos indivíduos em níveis distintos de intensidade luminosa. Handroanthus chrysotrichus é uma espécie muito utilizada na arborização urbana e em projetos de restauração de áreas degradadas. Este estudo teve por objetivo verificar se folhas de H. chrysotrichus apresentam plasticidade morfoanatômica, quando submetidas a diferentes níveis de intensidade luminosa. O estudo comparou a morfoanatomia de indivíduos de ambientes ensolarados e sombreados. Para a análise morfológica foram medidos comprimento, largura, massa seca, área foliar e área foliar específica de folhas de indivíduos de sol e de sombra. Os estudos anatômicos foram realizados por meio de técnicas usuais em anatomia vegetal. Folhas de sombra apresentaram comprimento foliar 27,5% maior. Folíolos de sol apresentaram limbo e cutícula mais espessos, tricomas e estômatos mais abundantes, maior espessura de esclerênquima no pecíolo e maior espessura de epiderme na nervura mediana. A análise dos resultados indicou que folhas de H. chrysotrichus apresentam plasticidade morfoanatômica limitada quando submetidas a diferentes condições de luminosidade. Por possuir hábito heliófito, é possível inferir que a ausência de maiores modificações morfoanatômicas que poderiam resultar em um balanço fotossintético mais favorável, quando as folhas se desenvolvem em ambiente sombreado, pode contribuir para a baixa adaptabilidade da espécie neste ambiente.

MORPHOANATOMY OF SUN AND SHADOW Handroanthus chrysotrichus (MART. EX DC.) Mattos (BIGNONIACEAE) LEAVES

Leaves may have high morphoanatomical plasticity that can provide adaptation and survival of individuals at distinct levels of brightness. Handroanthus chrysotrichus is widely used in urban landscaping and in restoration of degraded areas. The objective of this study was to determine whether H. chrysotrichus leaves have morphoanatomical plasticity, when exposed to different light intensity levels. The study compared the morphoanatomy of individuals of sunny and shady environments. For morphological analysis, were measured length, width, dry weight, leaf area and specific leaf area of individuals of sun and shadow. Anatomical studies were performed by standard techniques in plant anatomy. Shade leaves showed 27.5% higher leaf length. Sunlight folioles showed ticker limbo and cuticle, more abundant trichomes and stomata, thicker sclerenchyma in the petiole and thicker epidermis in the midrib. Results indicate that leaves of H. chrysotrichus exhibit limited morphological and anatomical plasticity, when exposed to different light conditions. By owning heliofit habit, it may be inferred that the absence of major morphoanatomic changes which could result in a more favorable photosynthetic balance under shady conditions, can contribute to the poor adaptability of the species in this environment.


Biografia do Autor

Angélica Guerra, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Departamento de Biologia Vegetal, Laboratório de Anatomia Vegetal.

Louise Garbelotti Gonçalves, Universidade Estadual do Norte do Paraná.

Departamento de Biologia.

Luciane da Silva Santos, Universidade Estadual de Maringá.

Departamento de Biologia.

Cristiano Medri, Universidade Estadual do Norte do Paraná.

Departamento de Biologia.

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Publicado

2015-07-31

Como Citar

Guerra, A., Gonçalves, L. G., Santos, L. da S., & Medri, C. (2015). MORFOANATOMIA DE FOLHAS DE SOL E DE SOMBRA DE Handroanthus chrysotrichus (MART. EX DC.) Mattos (BIGNONIACEAE). SaBios-Revista De Saúde E Biologia, 10(1), 59–71. Recuperado de https://revista2.grupointegrado.br/revista/index.php/sabios/article/view/1656

Edição

Seção

Artigo original